10/09/2019 - 9:01
A galáxia Messier 81 foi um dos primeiros objetos astronômicos retratados pelas lentes do Telescópio Espacial Spitzer, lançado pela Nasa em agosto de 2003. Para comemorar o 16º aniversário do lançamento, a Nasa divulgou uma dessas imagens em infravermelho, com novos detalhes em observação e processamento.
A Messier 81 foi descoberta em 31 de dezembro de 1774 pelo astrônomo alemão Johann Elert Bode. Também conhecida como M81, LEDA 28630 ou NGC 3031, essa galáxia está a 11,6 milhões de anos-luz da Terra. Seu diâmetro é de 90 mil anos-luz, cerca da metade do tamanho da Via Láctea. É a maior galáxia do grupo M81, um conjunto de 34 galáxias localizadas na constelação da Ursa Maior.
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O belo resultado apresentado pelo Spitzer combina dados da IRAC (Infrared Array Camera) a comprimentos de onda de 3,6/4,5 mícrons (azul/ciano) e 8 mícrons (verde) com dados do Multiband Imaging Photometer (MIPS) em 24 mícrons (vermelho).
Os comprimentos de onda mais curtos captam a distribuição das estrelas. Sem ser atrapalhada pela poeira, a imagem mostra uma distribuição de massa estelar suave e discretos braços espirais.
Braços espirais
Já os comprimentos mais altos expõem melhor os braços espirais externos. A emissão de oito mícrons (verde) é dominada pela luz infravermelha irradiada por poeira aquecida por estrelas luminosas próximas. A luz ultravioleta e visível das estrelas próximas ilumina a poeira.
Os braços espirais da galáxia, que serpenteiam até o núcleo, são formados por estrelas jovens, azuladas e quentes, formadas nos últimos milhões de anos. Eles hospedam uma população de estrelas formada em um episódio de formação estelar iniciado cerca de 600 milhões de anos atrás.
A protuberância central da galáxia contém estrelas muito mais antigas e vermelhas. É significativamente maior que a protuberância da Via Láctea.
Há um buraco negro supermassivo de 70 milhões de massas solares no centro da Messier 81. Ele tem cerca de 15 vezes a massa do buraco negro central da Via Láctea.
A agência espacial americana anunciou em junho que aposentará o Spitzer em janeiro de 2020. Apesar de seu líquido de refrigeração ter acabado em 2009, ele segue produzindo dados científicos relevantes. Mas a Nasa quer que o Spitzer se despeça ainda em alta.