17/01/2025 - 17:26
A “maior usina” do mundo foi inaugurada na Islândia em maio de 2024 com a intenção de sugar a poluição que promove o aquecimento da atmosfera. Apelidada de “Mammoth”, a criação é a segunda em operação pela empresa suíça Climeworks – a nova instalação chega a ser 10 vezes maior que sua antecessora, a Orca.
A tecnologia usada no projeto, a captura direta de ar (DAC), busca absorver o ar e remover o carbono de sua composição. Após a primeira etapa, a máquina transporta o carbono para o subsolo, onde ele pode ser transformado naturalmente em pedra e se fixar permanentemente na rocha.
Toda a operação deve ser alimentada pela grande quantidade de energia gerada pelas geotérmicas da Islândia.
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Apesar de apresentar múltiplos benefícios, a tecnologia inovadora ainda encara muitas controvérsias. Especialistas indicam que ela é cara, depende de muita energia e sua eficácia ainda não é comprovada cientificamente. Além disso, diversos cientistas e militantes climáticos temem que a DAC possa tirar a atenção da sociedade para políticas que visem o corte de combustíveis fósseis e outras formas de contenção urgentes.
“É um passo importante na luta contra as mudanças climáticas, mas ainda é uma pequena fração do que é realmente necessário”, disse Stuart Haszeldine, professor de captura e armazenamento de carbono na Universidade de Edimburgo, à CNN Climate.