Astrônomos do Instituto Max Planck identificaram a maior superestrutura do universo próximo durante um mapeamento de aglomerados de galáxias feito pelas observações do satélite Rosat. A descoberta foi compartilhada em 31 de janeiro no ArXiv e aceita pela revista Astronomy & Astrophysics, apesar de não ter sido revisada por pares.

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Conforme os pesquisadores, a superestrutura, identificada como “Quipu”, em referência a uma ferramenta Inca de contagem, é um aglomerado de galáxias que se estende por 1,3 bilhão de anos-luz, 13 vezes o tamanho da Via Láctea. Ainda, foram observados outros objetos gigantes similares no estudo. As informações são do “Live Science” e do “Max Planck Gesellschaft”.

De acordo com os astrônomos, as estruturas descobertas na pesquisa estão a 425 e 815 milhões de anos-luz de distância. Além do Quipu, outros aglomerados de galáxia identificados como o Serpens-Corona Borealis, o Hércules e o Sculptor-Pegasus superaram o Shapley, anteriormente conhecido como a maior superestrutura do universo próximo.

Quipu (cor vermelha), Shapley (cor azul), Serpens-Corona Borealis (cor verde), Hércules (cor roxa) e Culptor-Pegasus (cor bege) (Crédito: Hans Boehringer/ArXiv)

As cinco superestruturas contém 45% dos aglomerados de galáxias, 30% das galáxias e 25% da matéria do universo observável, tornando o grupo equivalente a 13% do volume do cosmos.

A pesquisa é parte de um esforço para mapear a distribuição de matéria no universo com um “atlas” de aglomerados de galáxias e para entender como as superestruturas afetam o ambiente do universo. O astrônomos identificaram que tais corpos celestes influenciam a medida do fundo de micro-ondas, a radiação restante do Big Bang, e a constante de Hubble, que indica a velocidade de expansão do cosmos.