29/05/2025 - 16:23
Astrônomos compartilharam na quarta-feira, 28, na “Nature”, a identificação de um corpo celeste na nossa galáxia que emite raios X e ondas de rádio a cada 44 minutos. Localizado a 15 mil anos-luz da Terra em uma área da Via Láctea repleta de gás e poeira, o objeto poderia ser uma estrela altamente magnetizada.
De acordo com Ziteng Wang, da Universidade Curtin, na Austrália, o corpo celeste poderia ser uma estrela de nêutrons, um par de estrelas, uma anã branca ou algo “exótico” e desconhecido. As informações são da “Associated Press”.
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Os sinais emitidos pelo objeto foram identificados por acaso no ano passado pelo Observatório de Raios X Chandra, da Nasa, agência espacial americana, que estava apontado para os remanescentes de uma supernova.
Segundo Wang, foi a primeira vez que raios X foram identificados vindos de um chamado LPRT (Transiente de Rádio de Longo Prazo) — um objeto raro que circula ondas de rádio a cada dezenas de minutos.
Pela distância do objeto, astrônomos não sabem dizer se ele está associado ou não ao remanescente de uma supernova. A fase hiperativa do corpo celeste recebeu o nome de ASKAP J1832−091 e durou cerca de um mês. Após o período, a estela não emitiu raios X perceptíveis.
“Embora a nossa descoberta ainda não resolva o mistério do que são esses objetos, e possa até mesmo aprofundá-lo, estudá-los nos coloca próximos de duas possibilidades”, apontou Wang.
O astrônomo acrescentou que as pesquisas acerca do corpo celeste podem estar “revelando algo inteiramente novo” ou mostrando que “estamos vendo um tipo de objeto conhecido emitindo ondas de rádio e raio X de uma forma que nunca vimos antes”.