23/10/2022 - 16:37
Incidente ocorreu no Museu Barberini. em Potsdam, no mais recente de uma série de protestos de ambientalistas alvejando obras de arte famosas.O grupo de ativistas Letzter Generation (última geração) postou neste domingo (23/10) um vídeo mostrando dois de seus membros jogando um líquido viscoso em uma pintura de Monet em uma galeria em Potsdam, cidade nos arredores de Berlim.
Dois jovens jogaram o que descreveram como purê de batatas na pintura Les Meules, de Claude Monet, antes de se agachar na frente dela com um deles fazendo uma breve declaração.
Eles aludiram à atenção gerada por protestos similares realizados nas últimas semanas. “As pessoas estão morrendo de fome, as pessoas estão congelando, as pessoas estão morrendo. Estamos em uma catástrofe climática. E a única coisa que vocês temem é sopa de tomate ou purê de batatas em uma pintura”, disse a jovem.
“Você sabe do que eu tenho medo? Que a ciência diz que em 2050 não poderemos alimentar nossas famílias. É preciso purê de batatas em uma pintura para fazer vocês ouvirem? Essa pintura não valerá nada quando estivermos lutando por comida. Quando chegará o ponto em que vocês vão finalmente ouvir e não apenas continuar como se nada estivesse acontecendo?”, ela continou.
Dois outros manifestantes se colaram no chão como parte da manifestação.
Um porta-voz da polícia disse à agência de notícias alemã DPA que dois dos manifestantes foram presos e estão sendo investigados por possível invasão e danos a propriedade.
Uma porta-voz do Museu Barberini em Potsdam, Carolin Stranz, disse à que ainda não está claro se a pintura sofreu danos permanentes.
Protestos parecidos, incluindo um contra uma obra de Van Gogh em Londres, tentaram atingir pinturas que eram exibidas atrás de alguma forma de cobertura protetora. Nesse caso, a pintura sofreu apenas danos leves.
Stranz disse que o quadro de Monet em questão estava protegido por uma moldura de vidro.
A pintura, parte de uma série do impressionista Claude Monet, está exposta na exposição permanente do Museu Barberini. Ela faz parte de uma coleção do museu fundado pelo multibilionário Hasso Plattner, cofundador do gigante do software empresarial SAP.
md (DPA, EPD)