01/09/2025 - 10:54
Aeronave registrou interferência quando se preparava para pousar, e pilotos precisaram recorrer a ferramentas de navegação terrestre. Comissão Europeia atribui causa do incidente à Rússia.Um avião que levava a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, sofreu uma interferência de GPS quando se preparava para pousar em Plovdiv, na Bulgária, neste domingo (31/08).
Segundo informou a Comissão Europeia, autoridades búlgaras acreditam que a Rússia esteja por trás do incidente. Ainda não está claro, porém, se a aeronave foi deliberadamente visada, já que tais ataques são relativamente comuns na região.
“Durante o voo que transportava a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, para Plovdiv, o sinal de satélite utilizado pelo sistema de navegação GPS da aeronave foi perdido”, disse o governo búlgaro em um comunicado.
“Para garantir a segurança do voo, os serviços de controle aéreo imediatamente ofereceram um método alternativo de pouso, utilizando ferramentas de navegação terrestre”,macrescentou a nota.
De acordo com o jornal Financial Times, o avião teve que permanecer no ar por cerca de uma hora a mais do que o planejado e os pilotos utilizaram mapas de papel para garantir o pouso.
O voo fretado pousou em segurança no Aeroporto Internacional de Plovdiv, no sul do país.
Von der Leyen estava na Bulgária como parte de uma visita por sete países da União Europeia no leste do continente, considerados mais expostos a ameaças híbridas de Moscou. A comissão descreveu a viagem como um gesto de apoio aos países-membros expostos aos riscos decorrentes da proximidade com a Rússia ou sua aliada Belarus desde o início da guerra na Ucrânia.
“Interferência flagrante realizada pela Rússia”
“As autoridades búlgaras suspeitam que essa interferência flagrante foi realizada pela Rússia”, disse a porta-voz da comissão, Arianna Podesta, em entrevista coletiva nesta segunda-feira.
“Ameaças e intimidações são um componente regular do comportamento hostil da Rússia. […] É claro que isso apenas reforçará ainda mais nosso compromisso inabalável de ampliar as capacidades de defesa e o apoio à Ucrânia”, completou.
A região tem enfrentado “muitas atividades de interferência e falsificação de sinal”, disse outro porta-voz da comissão. Várias empresas suspeitas de envolvimento em casos similares já foram sancionadas pelo bloco.
A Europa aumentou os gastos militares e busca melhorar sua prontidão defensiva após a invasão da Ucrânia, diante de um temor de que a guerra poderia envolver outros países no futuro.
gq/bl (AFP, Reuters)