Artefato lançado por militares dos EUA há mais de oito décadas e que continha 227 quilos de explosivos foi encontrado durante obras. Bomba foi desativa com sucesso neste sábado.A polícia de Hong Kong desativou neste sábado (20/09) uma bomba da Segunda Guerra Mundial que continha cerca de 227 quilos de explosivos. A operação para lidar com a bomba forçou a retirada de aproximadamente 6 mil pessoas de 18 edifícios no distrito de Quarry Bay.

Em uma entrevista à agência de notícias Xinhua, a polícia informou que o local e seus arredores já estão seguros para o retorno dos moradores e que todas as estradas bloqueadas foram reabertas.

Apesar de um atraso causado pela chuva, os agentes conseguiram abrir um buraco no projétil e queimar o material explosivo, no que foi classificado como uma “operação de alto risco” dado o poder da bomba, segundo Suryanto Chin-chiu, chefe da equipe de desativação de explosivos da polícia de Hong Kong.

O artefato bélico, de 1,5 metro de comprimento e possivelmente lançado por uma aeronave americana durante o conflito, foi descoberto em meio a obras de construção.

Policiais e grupos de apoio comunitário da área notificaram os habitantes das edificações próximas, pedindo que deixassem o local e buscassem refúgio em zonas protegidas.

A intervenção, liderada pela unidade de eliminação de munições da polícia, começou às 2h (hora local) deste sábado e tinha um prazo estimado de 12 horas, embora os agentes tenham conseguido desativá-la antes do previsto.

Este evento evocou a descoberta de três artefatos semelhantes em 2018 em Wan Chai, onde um projétil de peso idêntico exigiu 20 horas de trabalho e a retirada do local de 1.250 pessoas. À época, as bombas foram encontradas durante obras de uma estação de metrô.

Embora esporádicas, as descobertas de antigas bombas são um lembrete do passado da ex-colônia britânica, que ficou sob ocupação japonesa entre 1942 e 1945, e também foi alvo de intensos bombardeios pelas forças aliadas no período.

Especialistas alertam que o boom imobiliário no território ainda pode revelar mais vestígios nesta região, marcada por seu passado colonial e por conflitos do século 20.

Jps (EFE, ots)