A Oferta Interna de Energia Elétrica – que é a soma do consumo nos setores econômicos menos as perdas na distribuição e transmissão – deverá crescer 4,7% em 2021, segundo o Boletim Mensal de Energia de novembro de 2021 publicado pela Agência Brasil.

A geração eólica e solar representam mais de 13% da matriz elétrica brasileira, sendo que a fonte hidrelétrica é responsável por 56,7% e a fóssil por 20%.

Mas, enquanto as fontes eólicas e solar subiram 2,9 pontos percentuais, faltam linhas de transmissão. O Estado de S.Paulo informa que as limitações das linhas de transmissão são um problema crônico do setor elétrico e chegam a causar prejuízos bilionários ao país: uma infinidade de parques eólicos e usinas hidrelétricas ficaram prontas, mas não tinham como escoar energia.

Descompasso

O descompasso atinge os novos projetos de usinas fotovoltaicas. Segundo a Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica (Absolar), em 2019, 33 mil megawatts-hora (MWh) deixaram de ser entregues ao sistema por falta de linha de transmissão. Esse volume saltou para 70,8 mil MWh, em 2020, e chegou a 105 mil MWh em 2021, até agosto.

Em tempo: Valor Econômico publica que, para atingir as metas globais de descarbonização em veículos comerciais, o Brasil terá que recorrer a três ou quatro tipos de fontes de energia e todas dependerão do amparo de políticas públicas. Em outra reportagem, o Valor destaca que as vendas de etanol das usinas caíram 32% em janeiro. Foi observado que as vendas de biocombustível por parte dos produtores estão em linha com a queda no consumo de combustíveis do ciclo Otto, o usado nos veículos flex.