Entre os anos de 2000 e 2018, o Brasil perdeu cerca de 500 mil km2 de vegetação (quase 9% do seu território), o equivalente ao território da Espanha, ou duas vezes o território do estado de São Paulo (ou quase o tamanho da Bahia). Os dados são de um estudo do IBGE publicado ontem (25 de setembro), o qual analisa as mudanças no uso da terra nos diferentes biomas brasileiros desde o começo deste século.

No levantamento, a Amazônia desponta como principal área de degradação ambiental, acumulando mais da metade (270 mil km2) do total de degradação observado no país. Ela é seguida pelo Cerrado (153 mil km2). No entanto, em termos percentuais, o bioma que mais perdeu sua cobertura vegetal original no período foi o Pampa: 16,8%.

O documento indica que a maior parte do desmatamento aconteceu entre 2000 e 2010 (326 mil km2), período que registrou volumes significativos de destruição florestal na Amazônia, e que foi seguido por quase uma década de reduções substanciais no ritmo de desmate.

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O levantamento não detalha as causas específicas das diferentes supressões vegetais, mas permite observar o avanço da fronteira agrícola no período. Na Amazônia, por exemplo, a área de pastagem com manejo cresceu 71,4%, e o terreno cultivado quase quadruplicou. Em termos territoriais, pouco mais de 50% da área desmatada na Floresta Amazônica deu espaço a pastagens.

Estadão“, “O Globo“, Reuters e UOL, entre outros, repercutiram os dados.