03/02/2022 - 8:04
Cães conseguem diferenciar idiomas, segundo análises de pesquisadores da Universidade Eötvös Loránd, na Hungria. Sob coordenação da psicóloga mexicana Laura Verónica Cuaya, eles usaram imagens de ressonância magnética para avaliar a atividade cerebral de 18 cães enquanto eles ouviam trechos de O Pequeno Príncipe, em espanhol ou húngaro. Os animais até então haviam sido expostos a apenas um dos dois idiomas (falado por seus tutores), de modo que foi possível comparar como o cérebro respondia a uma língua familiar e a outra desconhecida.
Os autores tocaram ainda passagens distorcidas para avaliar se os animais diferenciavam trechos de fala daqueles de sons aleatórios (não fala).
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Houve alterações específicas na atividade do córtex auditivo primário dos cães quando ouviam passagens distorcidas, sugerindo que eles poderiam diferenciar a fala da não fala (NeuroImage, 12 de dezembro). Também ocorreram alterações no córtex auditivo secundário dos animais quando expostos a trechos em espanhol e húngaro, o que indica que conseguiriam diferenciar a língua familiar da desconhecida.
* Este artigo foi republicado do site Revista Pesquisa Fapesp sob uma licença Creative Commons CC-BY-NC-ND. Leia o artigo original aqui.