13/08/2019 - 9:32
O que poderia atirar uma estrela de nêutrons feito uma bala de canhão? Uma supernova – a explosão muito brilhante característica dos estágios finais da evolução de algumas estrelas. Cerca de 10 mil anos atrás, a supernova que originou seu remanescente CTB 1, na constelação de Cassiopeia, não apenas destruiu uma estrela massiva como também lançou seu recém-formado núcleo de estrela de nêutrons – um pulsar – na Via Láctea.
O pulsar, que gira 8,7 vezes por segundo, foi descoberto usando o software Einstein@Home, que pode ser baixado, pesquisando dados obtidos pelo Observatório de Raios Gama Fermi, da Nasa.
Situado a cerca de 6.500 anos-luz da Terra, o pulsar PSR J0002 + 6216 viaja a quase 4 milhões de quilômetros por hora – tão depressa que percorreria a distância entre a Terra e a Lua em 6 minutos. Ele saiu do remanescente CTB 1 e é ainda rápido o suficiente para deixar a nossa galáxia.
LEIA TAMBÉM: Novo estudo mostra que a Via Láctea não é plana
Na foto, o rastro do pulsar é visível, estendendo-se até a parte inferior esquerda do remanescente da supernova, semelhante a uma bolha. A imagem em destaque é uma combinação de imagens de rádio dos observatórios de rádio VLA e DRAO, bem como de dados arquivados a partir do observatório orbital de infravermelho IRAS, da Nasa.
Sabe-se que as supernovas podem atuar como canhões, e até mesmo que os pulsares podem atuar como balas de canhão. O que não se sabe é como as supernovas fazem isso.