Mesmo sem cérebro, as medusas são capazes de aprender. Estudos revelam que as águas-vivas do Caribe conseguem assimilar experiências passadas.

Embora as águas-vivas tenham prosperado há milhões de anos, há surpreendentemente pouca pesquisa sobre essas esquivas criaturas marinhas. Agora os cientistas estão tentando descobrir mais sobre elas e o papel crítico que desempenham no ecossistema oceânico.

Hoje em dia, alguns especialistas estão preocupados com o facto de o aquecimento dos oceanos poder desencadear um aumento nas populações de medusas, suscitando receios de um “armagedão das medusas” que poderá ter grandes implicações ecológicas e industriais se acabarem por obstruir entradas de energia e portos.

Mas outros dizem que os picos nas suas populações são normais e ocorrem naturalmente. Não há uma resposta clara. Embora as águas-vivas tenham prosperado durante milhões de anos, antecedendo até mesmo o reinado dos dinossauros na Terra, elas permanecem um mistério.

Nas águas vibrantes da África do Sul, um famoso hotspot marinho e de medusas, investigadores dedicados procuram desvendar os segredos destas criaturas fascinantes.

Os cientistas Verena Ras, da Universidade da Cidade do Cabo, e Mark Gibbons, da Universidade de Western Cape, explicam porque é que compreender e estudar estas criaturas marinhas indescritíveis é importante tanto para o ambiente como para os seres humanos: não são apenas uma espécie indicadora do aquecimento global, mas também desempenham um papel crucial na ciclagem do carbono e têm potencial para ser uma fonte alimentar sustentável.