14/06/2020 - 13:03
A rede mercadista Carrefour começou a vender em suas lojas a Terra Vegetal de sua marca própria, gerada a partir da compostagem de frutas, verduras, legumes, ovos e sobras da peixaria e padaria. Os insumos provêm do setor de perecíveis de 48 unidades do Carrefour em São Paulo. Ao serem adotados como matéria-prima dessa terra, eles retornam à cadeia de consumo, em vez de serem descartados.
Na prática, a Terra Vegetal Carrefour resulta em ganhos em todos os aspectos. Além da qualidade da terra, que é enriquecida e ajuda a cultivar plantas mais fortes, seu processo de produção representa o combate ao desperdício de alimentos e reforça o conceito de economia circular com a utilização total dos alimentos.
“O lançamento da nossa terra vegetal está alinhado à plataforma de desperdício zero e às iniciativas de logística de orgânicos, gerando um ecossistema fechado, no qual tudo é reaproveitado”, explica Lucio Vicente, head de Sustentabilidade do Grupo Carrefour Brasil. “Só com esse primeiro lote, evitamos o descarte de 250 toneladas de resíduos das lojas em aterros sanitários”, completa.
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Ecossistema fechado
A empresa parceira da companhia nessa iniciativa, e responsável por recolher o rejeito e produzir o composto, é a Ecomark, especializada em gerenciar resíduos orgânicos. Considerando o período de decomposição e a chegada às gôndolas, o processo de preparo da terra é de três a quatro meses.
O plano é que, mensalmente, de 350 a 400 toneladas de resíduos da rede Carrefour sejam destinadas à compostagem. Isso representará 80 mil unidades da Terra Vegetal. Comercializada em embalagens de cinco quilos, ela é própria para jardinagem, horta, gramado e cobertura de solo em geral.
O produto está à venda em praticamente todas as lojas da rede. Apenas as lojas do Ceará e de Manaus deverão ser incluídas na distribuição em um segundo momento.