01/03/2010 - 0:00
Catastrofismo
Muito importantes as matérias de capa dos dois últimos números da revista (PLANETA 447 e 448). A começar pelos títulos, elas mais parecem configurar uma sequência: “A Terra pede socorro” e “A vida pede socorro”, respectivamente. Mas, como assinante, espero que minha revista preferida não mergulhe demais no catastrofismo. Precisamos sem dúvida saber do que vai pelo mundo e dos perigos que o aquecimento global representa. Mas precisamos também ser estimulados por notícias positivas, que falem dos esforços que tantos, pelo mundo afora, estão desempenhando para encontrar soluções e para melhorar a nossa qualidade de vida – tanto a vida exterior, no mundo, quanto a interior, da alma.
Graziela Alvarado Atienza, Natal, RN, por e-mail.
Parabéns
Quero cumprimentar a revista. PLANETA cada vez mais se torna indispensável em nossas casas como fonte de cultura e de informações sobre a atualidade. Quero ressaltar duas matérias que considero de grande importância, ambas publicadas na edição 447: “COP 15 – A terra pede socorro” e a entrevista com Sheila Cavalcante Caetano sobre o transtorno bipolar de humor. Nota 10 para cada uma delas.
Luiz Borges de Faria, Rio de Janeiro, RJ, por e-mail.
Anjos e Vampiros
Muito bom o artigo “Vá para perto dos anjos, fique longe dos vampiros” (PLANETA 448). Conheço o assunto de cor e salteado, por ter convivido anos com um vampiro que, por pura ingenuidade e inexperiência, instalei dentro da minha própria casa: meu ex-marido. Ele pertencia, por sinal, àquela que é, na minha opinião, a pior espécie de vampiro: o lamentoso. Queixava-se de tudo e de todos o tempo todo, nada lhe agradava e, claro, achava que era, na face da Terra, o mais injustiçado dos homens. Quem acabou doente fui eu, à força de conviver com um sugador de energias do gênero. Felizmente, um dia encontrei a força de me libertar. Arrumei a mala e desapareci no mundo. Perdi até minha parte da casa, que ajudei a comprar. Mas ganhei a liberdade e, certamente, uma sobrevida de algumas décadas, que pretendo aproveitar ao máximo. Podem publicar esta mensagem: quem sabe ela ajudará outras pessoas sugadas como eu fui a se livrar dos seus vampiros.
Maria Esther Domingues Ratto, Rio de Janeiro, RJ, por e-mail.
Ruivos em perigo
Como toda ruiva natural, tenho a pele muito branca, com algumas sardas. Recentemente extraí um pequeno melanoma que apareceu no pescoço, na região correspondente à garganta. O médico me advertiu que existe a possibilidade de reincidência, sobretudo se eu não me proteger do sol. Podem me informar quais são os fatores de risco que podem desencadear melanomas nas pessoas?
Greice Mattos Couto, Porto Seguro, BA, por e-mail.
Nota da Redação: Seu médico tem razão, Greice. Pessoas de pele clara, sobretudo as ruivas, são mais sujeitas a afecções de pele quando expostas longamente ao sol. Um estudo recente efetuado na França aponta seis fatores de risco para a ocorrência de melanomas:
– Pele clara e cabelos loiros ou ruivos
– Antecedentes de queimaduras solares com bolhas na adolescência
– Muitas manchas avermelhadas no alto das costas, prova de intensa exposição ao sol
– Antecedentes familiares de melanoma
– Aumento das zonas queratinizadas da pele exposta ao sol (rosto, crânio, mãos)
– Trabalho ao ar livre no verão durante três anos ou mais, na adolescência
O risco de melanoma é multiplicado por 10 para as pessoas que conjugam dois fatores, e por 30 para três fatores.
Cumuruxatiba
Exemplar a iniciativa de muitos dos novos moradores de Cumuruxatiba, no litoral sul da Bahia, que, como mostra a reportagem (PLANETA 448), se mudaram para lá mas não passam a vida só curtindo a sombra e a água fresca: dedicam-se também a atividades de cidadania visando ao bem da comunidade. Se o mesmo acontecesse em todos os municípios brasileiros, certamente nossos problemas sociais e culturais seriam bem menores. Esses neocumuruxatibanos entenderam – na teoria e na prática – que não podemos mais ficar à espera dos governos para resolver nossos problemas. Como regra geral, nossos governantes estão muito mais empenhados em defender seus interesses pessoais e grupais do que em arregaçar as mangas e justificar seus salários trabalhando realmente para o bem da coletividade. Assim, toca a nós, simples cidadãos, tomar as rédeas nas mãos e resolver nós mesmos os problemas.
Veridiana Franco, São Paulo, SP, por e-mail.
Tai chi chuan
Gosto muito da fórmula atual de PLANETA, mas, como antigo assinante, sinto falta de alguns temas que antes eram frequentes na pauta da revista, sobretudo aqueles ligados à vida espiritual. Sugiro uma matéria sobre a importância das artes marciais para a saúde física, psicológica e espiritual, sobretudo o tai chi chuan.
Ludovico Almeida Gallo, Curitiba, PR, por e-mail.
Nota da Redação: Caro Ludovico, é difícil saber qual é o mais completo e eficaz sistema de arte marcial. Todos os sistemas tradicionais dessas artes parecem capazes de conduzir com eficácia o praticante no caminho da saúde integral. O tai chi chuan, por seu lado, parece particularmente adequado às pessoas mais maduras, embora seja praticado com muito proveito também pelos jovens. O tai chi é relativamente fácil, gracioso e original, e pode ser praticado a sós, desde que conheçamos as sequências de seus movimentos. Essa arte marcial chinesa é frequentemente qualificada como meditação em movimento. Ela exige uma respiração abdominal lenta e profunda, e assegura um estado de relaxamento para os grandes estressados. Seus gestos, fáceis e muito lentos, acessíveis até mesmo aos indivíduos que não praticam nenhum esporte e aos com risco cardiovascular, desenvolvem todos os músculos do corpo.
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