Não é novidade que a cerveja — em pequenas doses — tem o poder de acalmar os ânimos, estimular o sono e melhorar as funções renais, mas um novo estudo indica que a bebida queridinha dos brasileiros também pode ser uma aliada importante na saúde do intestino e no aumento da imunidade.

Uma das bebidas alcoólicas mais antigas do mundo, ela é rica em aminoácidos essenciais, vitaminas e substâncias bioativas, além de suas qualidades antioxidantes e uma robusta função probiótica.

Na pesquisa realizada pela Universidade de Medicina de Dalian, na China, cientistas demonstraram que, após o consumo, a nossa microbiota intestinal ‘quebra’ os componentes da cerveja, criando uma interação com os principais mecanismos de regulação do sistema imune.

“Quando a cerveja é consumida com moderação, os fenóis e outros nutrientes são fermentados e quebrados pela comunidade microbiana que reside na camada mucosa externa do intestino. Em não fumantes saudáveis, a cerveja também melhora agudamente a função e estrutura arterial”, afirma um dos autores do estudo.

Mas atenção: moderação é tudo. A ingestão excessiva de álcool pode causar efeitos adversos e a cerveja sem álcool pode ser uma opção mais indicada para quem quer aproveitar todos os seus benefícios sem maiores consequências.

O próximo passo é analisar a aplicação dessas propriedades em tratamentos alternativos para doenças como diabetes e hipertensão.”Se a cerveja pode ser usada no futuro como um regulador microbiológico ou até mesmo como uma terapia alternativa para doenças crônicas, é uma questão que merece mais pesquisas”, completou.