12/08/2019 - 16:23
Quem gosta de observar o céu já sabe que dia 12 de agosto é uma data especial no calendário de eventos astronômicos. É nessa época em que, todos os anos, somos presentados com o pico da chuva de meteoros Perseidas.
Neste ano o melhor horário para observar a chuva de meteoros será na madrugada desta segunda (12) para terça-feira (13), das 3h até o amanhecer, ao Leste, sentido de onde nasce o Sol. Na madrugada de terça para quarta provavelmente ainda será possível ver mais meteoros, ainda que em menor intensidade do que no dia anterior.
O fenômeno será melhor visualizado nos estados brasileiros do Norte e Nordeste, já que a chuva de meteoros é visível a partir da constelação de Perseu, situada mais ao Norte do Equador Celeste. Nesta região do Brasil será possível ver entre 50 e 60 meteoros por hora nesta madrugada.
Segundo o professor de astronomia James Solon, fundador e coordenador do grupo pernambucano AstroPE, que se dedica a divulgar informações sobre astronomia, é possível observar os meteoros no Centro-Oeste e no Sudeste do Brasil também, mas com uma visibilidade menor.
Nas cidades maiores, a poluição luminosa pode atrapalhar o espetáculo, mas não é impossível visualizar o fenômeno pelo céu. “Já ouvi relatos de pessoas que conseguiram ver alguns meteoros em cidades como Rio de Janeiro e São Paulo”, disse Solon, em entrevista à PLANETA. Mas quem mora no interior ou conseguir se afastar dos grandes centros terá o privilégio de tentar ver as estrelas cadentes – nome popular dos meteoros – diretamente do seu quintal.
A chuva de meteoros Perseidas é resultado de fragmentos deixados pelo cometa Swift-Tuttle, que tem um período orbital de 133 anos. Seu último periélio, ou seja, o período em que ele se aproximou mais do Sol, foi em 1992. Sua próxima aproximação está prevista para o ano de 2126. Esses detritos podem ter sido deixados para trás pelo cometa há milhares de anos.
Todos os anos, quando a Terra atravessa esses fragmentos deixados pelo cometa na região que coincide com a constelação de Perseu (daí o nome Perseidas, que batiza o fenômeno), os detritos se chocam com a atmosfera terrestre. O ar superaquece e brilha, e esse brilho é o fenômeno que chamamos de meteoro.
Nesta segunda-feira (12), por volta de 22h, o grupo AstroPE fará uma transmissão ao vivo em seu canal no YouTube para falar sobre a chuva de meteoros.