Novos estudos científicos têm descoberto que a antiga chuva ácida se transformou em um novo fenômeno mais poluente e prejudicial: a chuva de microplásticos. Diferentemente da última mudança na precipitação, a atual condição pode acabar em riscos maiores para a saúde pública.

O alto índice de presença do material na água faz com que seja mais difícil eliminar os compostos da ocorrência meteorológica. Outro fator que preocupa os cientistas é o aumento da aparição das partículas em órgãos humanos – já foram identificados microplásticos em cérebros, rins e pulmões.

Até o momento, os especialistas ainda não identificaram com certeza a ligação entre a substância e patologias humanas. Porém, estudos iniciais e novas hipóteses sugerem que ele pode estar conectado com o aumento de casos de câncer, doenças cardíacas e renais e Alzheimer.

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Os médicos e pesquisadores estão em alerta com a condição, já que cada vez mais ela tem sido observada em diversas regiões e produtos de interação da sociedade.

Além de estar amplamente conectado ao bem-estar das populações, outras espécies e ecossistemas também estão sendo afetados. A presença dos microplásticos nas nuvens de chuva faz com que ele contamine diversas áreas em pouco tempo.

Segundo especialistas, o material já se infiltrou em vários tipos de solo e na grande maioria dos corpos d’água naturais – afetando toda a biodiversidade que depende do consumo do líquido aberto na natureza.

A maior dificuldade da ciência em conter as consequências é a frequência de plásticos não recicláveis em todos os países do globo, o que acaba tornando impossível identificar um ponto central de atenção.

“Para ser honesto, eu choro, porque não há como voltar atrás. Essas partículas não se decompõem em uma escala de tempo que seria relevante. Então, sim, não estamos escapando disso”, disse Janice Brahney, biogeoquímica da Universidade Estadual de Utah que liderou um dos estudos, ao portal “Vex”.

Os próximos passos dos cientistas buscam entender minuciosamente como o processo funciona, se há a chance de algum tipo de eliminação, como a sociedade pode se proteger dos impactos diretos e confirmar quais doenças são impulsionadas pela condição.