Pesquisadores da Universidade de Melbourne, na Austrália, da Academia de Inovação Ganjiang e do Instituto Ningbo, ambos na China, e da Universidade de Manchester, no Reino Unido, desenvolveram um protótipo de um aparelho chamado eletrolisador para produzir hidrogênio a partir do ar em vez de se valer diretamente da água.

No dispositivo, uma espuma de vidro porosa com 14 milímetros embebida em ácido sulfúrico capta a água do ar; o líquido escorre até atingir os eletrodos, que os separa em oxigênio e hidrogênio.

Construído com base na técnica conhecida entre os especialistas como eletrólise direta do ar, o dispositivo funcionou durante 12 dias seguidos, alimentado por energia solar ou eólica, com uma eficiência próxima a 95%, e poderia operar até mesmo em ambientes secos, com 4% de umidade. Seu desenvolvimento procurou eliminar as limitações de outras abordagens de extração de hidrogênio, que produzem compostos químicos indesejados, resultam em hidrogênio com baixa pureza, apresentam baixa eficiência ou exigem uma etapa extra de separação dos componentes da água (Nature Communications, 6 de setembro).

* Este artigo foi republicado do site Revista Pesquisa Fapesp sob uma licença Creative Commons CC-BY-NC-ND. Leia o artigo original aqui.