Um estudo recente da Universidade de Emory, nos Estados Unidos, sugere que a psilocibina, substância psicodélica encontrada nos chamados “cogumelos mágicos“, pode não apenas aumentar a expectativa de vida, mas também promover um envelhecimento mais saudável. A pesquisa se soma a outras que investigam o uso de psicodélicos no tratamento de condições como depressão, ansiedade e doenças neurodegenerativas.

Para chegar aos resultados, os cientistas realizaram dois tipos de experimento. O primeiro, in vitro, analisou o efeito da psilocina (substância resultante da quebra da psilocibina no organismo) em células humanas. A aplicação aumentou a vida útil de células de pulmão em até 57% e de células de pele, em 51%.

A segunda parte do estudo foi realizada com ratas idosas de 19 meses, o que equivale a aproximadamente 60 a 65 anos em idade humana. Após 10 meses recebendo doses diárias de psilocibina, os animais apresentaram uma taxa de sobrevivência 30% maior em comparação com o grupo de controle, que não recebeu a substância.

De forma surpreendente, os pesquisadores também observaram um aparente efeito de rejuvenescimento nas ratas, incluindo a diminuição da quantidade de pelos brancos.

Apesar dos resultados promissores, os cientistas ressaltam que os mesmos efeitos ainda precisam ser testados em larga escala em seres humanos. Contudo, a pesquisa abre novas perspectivas sobre o potencial de psicodélicos no tratamento de doenças relacionadas ao envelhecimento, uma área de crescente importância para a saúde pública.