Dividido entre UE e Rússia, país vizinho à Ucrânia foi às urnas neste domingo na votação mais importante de sua história desde 1991.O Partido Ação e Solidariedade (PAS), sigla pró-União Europeia da presidente da Moldávia, Maia Sandu, lidera a apuração dos votos depositados neste domingo (28/09) para a escolha do novo parlamento do país.

Com quase 90% dos votos apurados até o momento da publicação deste texto, o PAS, que está no poder desde 2021, tinha 45,7% dos votos, contra 27,2% da aliança eleitoral pró-Rússia Bloco dos Patriotas. O resultado preliminar deve ser confirmado nesta segunda-feira.

Vizinha da Ucrânia, a Moldávia foi às urnas em uma eleição decisiva que poderia levá-la a se reaproximar do regime de Vladimir Putin ou impor novos obstáculos à adesão do país à UE.

“Nossa esperança é de que permaneceremos no caminho europeu”, disse Sandu, cujo partido está no poder desde 2021, à agência de notícias AFP. “A alternativa é impensável, eu me recuso a sequer imaginar voltar ao passado.”

Foi Sandu quem liderou os esforços para aproximar a Moldávia da UE após a Rússia invadir a Ucrânia, em 2022, pleiteando a entrada no bloco.

A campanha foi marcada por denúncias de compra de votos e fake news para favorecer os interesses de Moscou, bem como pela frustração do eleitorado com a situação econômica do país e ceticismo sobre a adesão à UE.

Pouco mais de 50% do eleitorado foi às urnas

A taxa de comparecimento do eleitorado às urnas foi de 51,9%, segundo a Comissão Eleitoral – em 2021, na eleição anterior, foi de 52,3%.

Caso o PAS consiga manter a maioria no parlamento, o país estará mais próximo de seu objetivo de se juntar à UE em 2030. Do contrário, pode tentar formar uma coalizão com partidos pró-UE menores, embora analistas considerem essa possibilidade mais complexa.

Para poder formar um governo, Sandu precisa nomear um primeiro-ministro aprovado pelo parlamento.

ra (AFP, Reuters, dpa)