A terapia com luz vermelha, que está cada vez mais popular em clínicas; spas e dispositivos domésticos, tem origem em tratamentos médicos — especialmente no combate a lesões pré-cancerosas da pele. Embora atualmente seja promovida para rejuvenescimento facial e redução de rugas, o uso mais comum fundamentado pela ciência ainda é para o estímulo ao crescimento capilar.

Pesquisas iniciadas em 1960 mostraram que a luz vermelha, ao penetrar superficialmente na pele, estimula a vasodilatação e, com isso, melhora a nutrição dos folículos capilares. Usada de forma consistente pode engrossar fios ralos, mas os efeitos desaparecem quando o uso é interrompido.

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No cuidado com a pele, estudos indicam que a luz vermelha pode aumentar a produção de colágeno e melhorar a textura, apesar de que haja relatos de crescimento de pelos faciais em áreas indesejadas. Já sobre a cicatrização de feridas, algumas pesquisas sugerem aceleração no processo, mesmo que os resultados ainda sejam inconsistentes.

Há ainda relatos mais ousados, como melhora no desempenho atlético, no sono ou em problemas como disfunção erétil, mas precisam de comprovação científica. Especialistas destacam que os efeitos reais da luz vermelha dependem de fatores como intensidade, frequência e comprimento de onda, o que raramente é padronizado.

De todo modo, há benefícios comprovados em relação ao uso de luz vermelha, principalmente para cabelo e pele. No entanto os limites da técnica ainda são pouco compreendidos, e exagerar nas promessas pode ajudar mais o marketing do que a medicina.