Um estudo conduzido por pesquisadores do CHeBA (Centro de Envelhecimento Saudável do Cérebro – em tradução), da Universidade de Nova Gales do Sul, na Austrália, sugeriu que o consumo de frutas pode diminuir os riscos do desenvolvimento de depressão. A pesquisa foi divulgada no Journal of Affective Disorders durante este mês.

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A pesquisa levou nove anos para ser concluída e envolveu a observação da incidência da doença em 7.801 adultos com mais de 45 anos, sem depressão, de seis continentes e também de países de baixa e média renda. Os participantes eram de locais como os Estados Unidos, Malásia, Austrália, Suécia e também do Brasil.

No estudo, era necessário que as pessoas selecionadas respondessem um questionário que demonstrava a frequência no consumo de frutas e vegetais, com histórico de dietas. Dentre os participantes da pesquisa, 1630 desenvolveram depressão, entretanto, foi possível observar uma relação entre os alimentos e a diminuição do risco de desenvolver a doença.

Os pesquisadores sugerem que a presença de antioxidantes, fibra e vitaminas contidas em frutas e vegetais podem reduzir o risco de depressão por conta de suas funções em processos como inflamações, estresse e na microbiota intestinal.

Apesar disso, o consumo de legumes não apontou uma redução estatística significativa, possivelmente pelo fato de serem costumeiramente ingeridos após cozimento, o que diminui os nutrientes. Frutas cítricas e vegetais de folhas verdes foram associados a possibilidade de evitar a depressão.