Uma pílula anti-envelhecimento desenvolvida pela startup Loyal que promete prolongar a vida de cachorros está perto de se tornar comercializável nos EUA. A empresa anunciou em 26 de fevereiro que a agência governamental FDA (Administração de Alimentos e Medicamentos – em tradução) considerou que o fármaco tem uma “expectativa razoável de eficácia”.

Apesar disso, ainda é necessário um certificado da agência garantindo que o remédio é seguro e fácil de se produzir em larga escala antes que possa ser prescrito por veterinários. De acordo com a Loyal, a expectativa é de que o medicamento seja aprovado pela FDA até o final de 2025. As informações são da “People”.

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De acordo com a companhia, o remédio pode garantir no mínimo um ano de vida saudável a mais para um cachorro, já que age para retardar o envelhecimento. “Não estamos fazendo cães imortais”, ressaltou Celine Halioua, fundadora da Loyal, ao “The Guardian”.

O remédio é o LOY-002, que está sendo desenvolvido para agir sobre a disfunção metabólica, o que ajuda a retardar o início de doenças associadas à idade ou reduzir seu impacto. Desse modo, o medicamento poderá aumentar a longevidade do cachorro.

A droga está sendo testada desde o ano passado, seguindo um protocolo duplo-cego. Ou seja, com metade dos bichos recebendo o medicamento e os demais, placebo. A Loyal quer ampliar a extensão dessa pesquisa. O objetivo é contar com mais de mil cachorros participando do projeto.

A Loyal não é a única a desenvolver uma pesquisa que visa prolongar o tempo de vida dos animais. O Dog Aging Project também realiza estudos analisando como a rapamicina, droga usada nos casos em que o corpo humano rejeita um órgão transplantado, pode aumentar a longevidade de um cachorro em três anos ao melhorar as funções cognitivas e cardíacas do cão.

Apesar de serem importantes para os cachorros, as pesquisas também podem ser úteis na longevidade de seres humanos. “Se tivermos sucesso com os cães, poderá ser um ponto de virada para entendermos como proporcionar às populações humanas uma vida saudável extra também”, ponderou Daniel Promislow, co-diretor do Dog Aging Project e biogenterologista da Universidade de Washington.