16/12/2024 - 13:35
O que os serviços secretos da Síria têm a ver com o nazismo? Com o fim da Segunda Guerra, muitos nazistas foragidos foram integrados ao Estado-maior sírio como consultores do Exército e do serviço secreto militar.
E o know-how de repressão política desses nazistas acabou marcando o aparato de terror do regime de Bashar al-Assad.
Um desses foragidos seria Alois Brunner, ex-capitão da SS, que escapou para a Síria em 1954. Ele vivia lá com uma identidade falsa, até que foi preso pelo serviço secreto por suspeita de espionagem.
O ex-capitão da SS acabou revelando sua identidade verdadeira e se colocou a serviço da inteligência síria. Nos anos seguintes treinou agentes em antiespionagem e técnicas de interrogatório. Um instrumento de tortura usado na Síria até recentemente inclusive se chamava “cadeira alemã”.
De acordo com pesquisadores, Alois Brunner prestou serviços valiosos ao ditador Hafez al-Assad, pai do agora deposto Bashar al-Assad.
Essa e outras histórias vieram à tona depois que imagens da libertação do presídio de Sednaya circularam pelas redes sociais. O local era um centro de repressão e tortura do regime Assad e, segundo a mídia, havia milhares de presos no local.
De acordo com a Anistia Internacional, pelo menos 15 mil pessoas foram executadas extraoficialmente na prisão durante a guerra civil.