Você sabia que a palavra “cientista” foi criada por causa de uma mulher? A mulher em questão era Mary Somerville, uma física, geóloga e química escocesa que também tocava piano e falava latim, francês e grego.

No meio disso tudo, ela ainda teve tempo de ter quatro filhos, lutar pelo direito das mulheres ao voto e ser tutora de matemática de Ada Lovelace, que viria a ser a primeira programadora da história dos computadores.

Em 1834, Mary escreveu um tratado que conectou tão bem ideias da matemática, astronomia, geologia e física que acabou se tornando a base do primeiro currículo de ciência da Universidade de Cambridge. Até então, esses campos eram vistos de forma completamente separada.

O texto impressionou tanto que obrigou um de seus revisores a criar um termo melhor para descrevê-la do que o utilizado na época, que era “man of science”, ou “homem da ciência”.

William Whewell chegou até a escrever um artigo complementar em que cunhou pela primeira vez a palavra “scientist”, ou “cientista”, para falar de Mary. E nesse artigo ele comparava esse neologismo a uma palavra que já existia, que era “artist”, ou “artista”.

Segundo a biógrafa de Mary, a ideia não era criar um termo de gênero neutro, mas sim uma palavra que “celebrasse a iluminação peculiar da mente feminina”. Ou seja, a capacidade de conectar campos aparentemente separados em uma única disciplina.