02/09/2025 - 16:19
Paleontólogos da Universidade de Portsmouth, no Reino Unido, identificaram uma nova espécie de dinossauro herbívoro que ostentava uma proeminente “vela” em suas costas. Segundo os pesquisadores, essa estrutura provavelmente era utilizada como um atrativo visual para impressionar parceiros durante rituais de acasalamento.
O dinossauro, batizado de Istiorachis macaruthurae, que significa “espinha de vela”, foi descoberto na Ilha de Wight, um conhecido reduto de fósseis na Inglaterra. A análise dos ossos fossilizados, que datam de aproximadamente 125 milhões de anos, durante o Período Cretáceo, revelou vértebras com espinhos neurais excecionalmente alongados.
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Diferente de estruturas semelhantes em outros dinossauros – como o Espinossauro, onde a “vela” poderia ter funções de termorregulação – os cientistas acreditam que no Istiorachis a função era puramente ornamental e comportamental. Liderados pelo pesquisador Jeremy Lockwood, o estudo, publicado no periódico científico Papers in Palaeontology, sugere que a estrutura servia como um “display sexual”.
“As espinhas neurais particularmente longas deste espécime são muito incomuns para um iguanodontiano”, explicou Lockwood em comunicado.
A equipe de pesquisa argumenta que, à semelhança do que ocorre com a cauda de um pavão, a “vela” do Istiorachis teria evoluído como resultado da seleção sexual, onde características que aumentam as chances de reprodução são favorecidas.
A descoberta reforça a ideia de que a aparência e a exibição de atributos físicos desempenhavam um papel crucial na vida social dos dinossauros. O Istiorachis macaruthurae pertence a um grupo de dinossauros ornitópodes conhecidos como iguanodontianos, comuns na Europa durante o Cretáceo. Este novo achado adiciona uma nova camada de complexidade ao entendimento da evolução e do comportamento desses animais pré-históricos.