15/04/2021 - 9:14
A Venezuela contém selvas tropicais, cachoeiras famosas e montanhas. Mas uma área em especial no noroeste do país é diferente do resto da terra, como salienta esse destaque do site Earth Observatory, da Nasa. Ligada ao continente por uma faixa de areia, a Península de Paraguaná, onde fica o extremo norte do país, é caracterizada por climas quentes e secos e belas praias.
A península era uma ilha durante o Plioceno (5,3 a 2,6 milhões de anos atrás). Nos últimos 12 mil anos, porém, já no Holoceno, um istmo arenoso a conectou ao resto da Venezuela. Muitos piratas e contrabandistas buscaram refúgio ali na época colonial. Hoje, a área é frequentada por turistas e empresas de petróleo. Um dos maiores complexos de refinaria de petróleo bruto do mundo está localizado ali, na cidade de Punto Fijo.
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O Parque Nacional Médanos De Coro se estende por mais de 90 quilômetros quadrados do istmo. O parque é famoso por suas enormes dunas de areia, ou médanos, moldadas pelos ventos. Médanos De Coro é uma das poucas áreas da América do Sul com extensas dunas, algumas das quais atingem 40 metros de altura.
Condições de seca incomuns
A península é uma das regiões mais quentes da Venezuela, com clima entre árido e semi-árido. As condições de seca são incomuns para essa latitude (entre 10° e 12° N); na maioria das áreas tropicais semelhantes, as chuvas são abundantes. Alguns pesquisadores sugerem que os ventos alísios que sopram constantemente ao longo dessa costa secam a terra. Outros dizem que o tempo seco é devido aos sistemas persistentes de alta pressão (associados ao tempo seco e ensolarado) e às diferenças térmicas entre o mar e a terra.
A faixa de linhas verdes nos pontos mais altos do centro da península é a Serra de Santa Ana, que se eleva até 830 metros acima do nível do mar. Plantas com espinhos vivem em altitudes mais baixas, enquanto florestas decíduas e plantas lenhosas crescem em altitudes mais altas. A área foi designada Monumento Natural Cerro Santa Ana em 1972.
A imagem do alto foi adquirida em 18 de outubro de 2020, pelo Operational Land Imager (OLI) no satélite Landsat 8.