Documentos que podem ser encontrados na Biblioteca Presidencial Ronald Reagan abordam um suposto encontro entre um oficial de inteligência e alienígenas no Novo México, em 1964, e a existência de um projeto que investiga a existência de extraterrestres chamado MJ-12 (Majestic-12). Os arquivos se tornaram populares na década de 80 e o FBI concluiu que todos eram falsos.

O caso do MJ-12 ganhou destaque em 1984, quando um ufólogo alegou ter recebido rolos de filme que revelaram supostos documentos secretos do governo americano sobre alienígenas.

Os documentos foram investigados pelo FBI e o órgão rotulou os arquivos como “falsos”, informando que tudo não passava de ficção. De acordo com o “Daily Mail”, em 1988, foram apontadas inconsistências nos textos e erros de formatação que indicavam uma farsa.

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Os documentos que abordam a suposta existência do MJ-12 podem ser encontrados na Biblioteca Presidencial Ronald Reagan, aberta em 1991. O trecho em que o projeto é citado está em um compilado de pedidos de Foia (Freedom of Information Act) — a LAI (Lei de Acesso à Informação) dos EUA — encaminhados por agências governamentais à Casa Branca.

Os textos aparecem em uma troca de correspondências entre autoridades do governo americano e um remetente, identificado como Lee M. Graham, que desejava autenticar os documentos que versam sobre o MJ-12. A carta foi enviada à Casa Branca por Graham em 1987.

Em anexo, Graham enviou os documentos que informavam sobre o MJ-12. Nos textos, que emulavam papéis oficiais da CIA, eram descritos a organização “secreta”, seus membros, projetos e um suposto contato com uma raça alienígena no Novo México.

Os documentos citam que o MJ-12 teria sido criado pelo presidente Harry Truman, dos EUA, em 1947, por meio de uma ordem executiva secreta após o Caso Roswell. O grupo seria um comitê de 12 pessoas que incluiria militares de alto escalão, pesquisadores e oficiais de inteligência com o objetivo de investigar OVNIs.

Os arquivos abordam a criação de um projeto chamado “Sigma” para tentativas de comunicação com aliens, em 1954. O documento falso relatava que a ação foi um sucesso e contato com extraterrestres foi estabelecido em 1959, com um suposto encontro presencial entre um oficial de inteligência e dois alienígenas no deserto do Novo México, em 1964.

Outros projetos descritos no suposto documento envolvem ações de teste de voos de aeronaves alienígenas em Nevada que se iniciaram em 1972 e ainda estariam ocorrendo.

A Casa Branca negou o pedido de Graham em janeiro de 1988, informando que não é uma agência e não estava em posição de “autenticar” documentos que pretendiam ser registros governamentais “mediante solicitação privada”.

Uma das maiores evidências de fraude é que uma assinatura do presidente Truman presente em uma carta oficial do chefe de estado foi fotocopiada e colocada nos arquivos do MJ-12.