06/08/2025 - 18:56
Um antigo fóssil humano quase perfeitamente preservado, conhecido como crânio de Harbin, que está no Museu de Geociências da Hebei GEO University, na China, é o maior dos crânios de “Homo” conhecidos.
Cientistas agora dizem que o osso, conhecido como “Homem-Dragão”, tem outra característica especial: ele pode ser o primeiro crânio completo já identificado de um denisovano, grupo de parentes próximos dos neandertais.
O crânio foi descoberto na década de 1930 na cidade de Harbin, na província de Heilongjiang, nordeste da China. Enorme, ele poderia conter um cérebro comparável em tamanho ao dos humanos modernos. Mas tinha órbitas maiores, quase quadradas, sobrancelhas grossas, boca larga e dentes grandes.
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Os denisovanos
Os denisovanos foram uma subespécie extinta de humanos arcaicos que viveram na Ásia durante o Paleolítico. Eram parentes próximos dos Neandertais e também dos humanos modernos (Homo sapiens), com quem chegaram a cruzar.
As evidências de sua existência são principalmente genéticas, obtidas a partir de poucos fósseis (um osso do dedo, dentes e uma mandíbula) encontrados na Sibéria e no Tibete. A análise de DNA revelou que eles deixaram um legado genético em algumas populações humanas atuais, especialmente na Melanésia e no Leste Asiático.
Ao compararem as análises genéticas dos denisovanos já conhecidas com as novas estruturas encontradas no crânio, pesquisadores encontraram compatibilidade e perceberam se tratar da mesma espécie.
O achado é importante porque as evidências encontradas anteriormente limitavam-se a dedos, dentes e mandíbulas. Possuir um crânio completo para contribuir nos estudos dos denisovanos é fundamental, especialmente para saber mais sobre a aparência e características físicas do grupo.