Há uma maneira de calcular o momento aproximado do desaparecimento da Terra e do fim da vida em nosso planeta, que está diretamente relacionado com a atividade do Sol. Dados colhidos pela sonda espacial Gaia, da Agência Espacial Europeia (ESA, do nome em inglês) permitiram identificar propriedades intrínsecas de centenas de milhões de estrelas. Estes parâmetros incluem quão quentes e quão grandes são e quais as suas massas.

A partir dos dados, os cientistas conseguiram correlacionar a luminosidade e a idade de uma estrela, determinando assim como esses corpos celestes evoluem ao longo dos seus ciclos de vida.

De acordo com especialistas, o Sol está em sua fase de sequência principal, ou seja, seu núcleo transforma hidrogênio em hélio, que gera energia sob a forma de brilho e calor. De acordo com dados da sonda espacial Gaia, esse período deve durar entre 10 e 11 bilhões de anos. Então, o Sol vai atingir o fim de sua vida.

No final desta etapa, o Sol teria aumentado de temperatura, tornando-se uma estrela gigante vermelha. Finalmente, após essa fase, ela se tornará uma tênue anã branca. Como o nosso Sistema Solar tem cerca de 4,5 bilhões de anos, isso significa que nosso Sol está, hoje, quase na metade de sua vida.

Perto de seu fim, o calor aumentará a tal ponto que tornará a Terra inabitável, já que as altas temperaturas evaporariam a água. Mas isso só aconteceria em cerca de 8 bilhões de anos, dizem os cientistas. Nesse momento, acrescentam, o Sol terá aumentado em 10% em relação ao seu tamanho atual, o que fará com que o aumento da temperatura seja mortal para a espécie humana.

rw/cn (esa, DW)