Na semana passada, um urso-polar perseguiu moradores nas proximidades de uma escola no Alasca (EUA), o que resultou na morte de uma mãe e seu filho de um ano. O episódio aconteceu no pequeno vilarejo de País de Gales, no extremo oeste do estado norte-americano. De acordo com as autoridades locais, o animal acabou sendo abatido por um caçador.

Casos como esse são raros. Entre 1870 e 2014, apenas 73 deles foram documentados no Ártico, resultando em 20 mortes. No entanto, esses casos se intensificaram nos últimos anos, o que pode ser decorrente do degelo acelerado do habitat dos ursos-polares nas áreas mais ao norte.

Com o degelo no Ártico, os ursos-polares enfrentam dificuldades para sobreviver. Estudos recentes já apontaram que a mudança climática também está forçando a espécie a passar mais tempo em regiões mais temperadas, habitadas por seres humanos, o que aumenta o risco de ataques.

Propensão a riscos

“Animais em más condições corporais são mais propensos a correr riscos. É mais provável que eles fiquem desesperados e façam coisas que um urso saudável normalmente não faria. E esses são os ursos com os quais as pessoas devem mais se preocupar”, observou Geoff York, diretor-sênior de conservação da entidade Polar Bears International, ao Washington Post. “Espera-se que as interações homem-urso-polar aumentem à medida que os ursos polares passam mais tempo na costa em mais lugares”.

Associated Press, Guardian, Independent e Newsweek também destacaram o caso.