13/09/2023 - 17:41
Formados nas últimas eras glaciais, os chamados “buracos azuis” são sumidouros subaquáticos de grandes proporções, abrigos de grande biodiversidade marinha cuja profundidade pode superar a altura de diversos arranha-céus. Em artigo publicado na revista Frontiers in Marine Science, pesquisadores mexicanos anunciaram a descoberta da segunda maior dessas cavernas no mundo: Taam Ja’ (em maia, “águas profundas”), na baía de Chetumal, na costa sudeste do Yucatán (México). Com 274,4 metros, esse buraco azul só é superado por outro em Sansha Yongle, no litoral chinês, que atinge 300,89 metros de profundidade. Ele tem mais do dobro da profundidade do Grande Buraco Azul, na costa de Belize.
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Os pesquisadores, do Colégio da Fronteira Sul, em Chetumal, exploraram o buraco azul em setembro de 2021. A investigação começou a partir da dica de pescadores da região. A existência do megassumidouro, porém, só foi anunciada no novo estudo.
As medições realizadas revelam que o buraco azul tem uma área de superfície de 13.690 metros quadrados e apresenta lados muito íngremes, com declives de 80 graus. Sua foz fica a pouco menos de 5 metros abaixo do nível do mar, onde a água muda consideravelmente com os gradientes de temperatura e salinidade.
Segundo os pesquisadores, a origem e a evolução geológica de Taam Ja’ merecem uma investigação mais aprofundada. Os novos estudos devem analisar a diversidade microbiana das águas e entender que tipo de seres conseguem viver ali.