Em abril de 2020, o Sistema de Alerta de Desmatamento (SAD), do instituto de pesquisa Imazon, detectou 529 quilômetros quadrados de desmatamento na Amazônia Legal. O número, obtido a partir de imagens dos satélites Landsat 7, Landsat 8, Sentinel 1A e 1B e Sentinel 2A e 2B, representa um aumento de 171% em relação a abril de 2019, quando o desmatamento somou 195 quilômetros quadrados. Ele significa também o maior desmate ocorrido nos últimos dez anos nesse período do ano.

O desmatamento detectado em abril de 2020 ocorreu nos seguintes estados: Pará (32%), Mato Grosso (26%), Rondônia (19%), Amazonas (18%), Roraima (4%) e Acre (1%). Considerando o período de janeiro a abril de 2020, o desmatamento acumulado é de 1.073 quilômetros quadrados, o que representa um aumento de 133% em relação ao mesmo período de 2019, quando o desmatamento totalizou 460 quilômetros quadrados.

As florestas degradadas na Amazônia Legal somaram 62 quilômetros quadrados em abril de 2020, o que representa uma redução de 39% em relação a abril de 2019, quando a degradação detectada foi de 102 quilômetros quadrados. Em abril de 2020 a degradação foi detectada no Mato Grosso (77%), Pará (16%) e Rondônia (7%).

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Geografia do desmatamento

Em abril de 2020, a maioria (60%) do desmatamento ocorreu em áreas privadas ou sob diversos estágios de posse. O restante do desmatamento foi registrado em Unidades de Conservação (22%), assentamentos (15%) e terras indígenas (3%).

Os dez municípios em que mais se desmatou no período mensurado foram os seguintes:

1) Altamira (PA) –72 km²

2) São Félix do Xingu (PA) – 44 km²

3) Apuí (AM) – 38 km²

4) Porto Velho (RO) – 31 km²

5) Lábrea (AM) – 23 km²

6) Colniza (MT) – 22 km²

7) Novo Progresso (PA) – 16 km²

8) Candeia do Jamari (RO) – 14 km²

9) Cujubim (RO) – 14 km²

10) Jacareacanga (PA) – 12 km²

O Boletim do Desmatamento da Amazônia Legal (abril 2020) pode ser baixado aqui.