04/06/2022 - 11:50
Estudioso de experiências de quase-morte, em especial com crianças, o médico Melvin Morse participou da MEDINESP 2007 – O congresso da medicina espírita. Confira a seguir uma pequena entrevista com ele.
- Visões de quase morte
- Jung e o pós-morte
- O que ocorre no cérebro quando morremos? Cientistas já têm uma resposta
Quais são os resultados mais surpreendentes de seus estudos?
O fato de que, a par da orientação religiosa, crianças – espiritualizadas ou não – têm o mesmo tipo de reação durante a experiência de quase-morte.
O que elas relatam?
Em mais de 70% dos casos, elas têm uma sensação muito positiva, de paz e serenidade. Apesar de terem formatos variados, as imagens que elas fazem remetem a um denominador comum: um túnel de luz onde uma pessoa muito querida, geralmente um parente falecido, vem buscá-las.
O astrônomo Carl Sagan ponderou que isso poderia ser apenas uma imagem remanescente do momento do parto. Como saber se tudo não passa de alucinações?
Em minhas pesquisas, fiz questão de avaliar crianças que não foram submetidas a nenhum medicamento com base em morfina ou qualquer outra substância psicotrópica. Portanto, se existe aí alguma alucinação, ela é comum ao cérebro humano. A física quântica demonstra que a realidade é criada pela mente. Nesse caso, podemos dizer que essa visão faz parte de uma realidade criada involuntariamente por nosso cérebro.
Qual é o caminho para eliminar os conflitos existentes entre a ciência e a espiritualidade?
Devemos acreditar mais na nossa própria vida e nos importarmos menos com os preceitos científicos ou religiosos. A ciência nos dá as teorias, mas as evidências vêm da vida real. Muitas pessoas têm experiências extraordinárias, mas elas mesmas se incumbem de desacreditá-las achando que a ciência as tornará inválidas. Hoje, os cientistas buscam conhecer mais a fundo os fenômenos paranormais e os médiuns buscam conhecimento na ciência.
Em que isso pode nos ajudar na vida prática?
Nos Estados Unidos, tudo é medido em dólares. Notadamente, as pessoas que cultivam o equilíbrio entre a mente, o corpo e o espírito têm menos problemas de saúde. Então, aqui vai um recado para os céticos: se rompermos nossos preconceitos, segundo as projeções realizadas, nosso país pode economizar anualmente mais de US$ 6 bilhões. Um bom dinheiro que hoje é gasto com antidepressivos e estimulantes.
Para saber mais
www.amebrasil.org.br
www.medinesp.com.br
www.melvinmorse.com
www.parapsicologia.org.br/artigo12.htm