12/12/2024 - 15:56
O Telescópio Espacial Hubble passou cerca de 30 anos em operação, mas durante a última década foi capaz de ceder as imagens mais incríveis que possuímos de cosmos e astros do universo. Com as fotografias capturadas pelo equipamento, o programa Outer Planet Atmospheres Legacy (OPAL), da Nasa, reuniu os melhores e mais detalhados retratos para ilustrar as mudanças de quatro dos planetas da galáxia.
“Como o OPAL agora abrange 10 anos e continua contando, nosso banco de dados de observações planetárias está sempre crescendo. Essa longevidade permite descobertas fortuitas, mas também permite rastrear mudanças atmosféricas de longo prazo conforme os planetas orbitam o sol. O valor científico desses dados é ressaltado pelas mais de 60 publicações até o momento que incluem dados do OPAL”, explicou Amy Simon do Goddard Space Flight Center da NASA em uma declaração sobre o projeto.
Confira as imagens coletadas:
Júpiter
O maior planeta do sistema solar conta com uma extensa camada de gases que se agitam até seu núcleo, e a notável Grande Mancha Vermelha em sua face. A órbita completa do gigante ao redor do sol leva 12 anos, o que permitiu a observação de quase um ano joviano completo. Durante essa década, mudanças no formato da Mancha Vermelha e fenômenos atmosféricos nas faixas que o envolvem puderam ser analisadas com clareza.
Saturno
Saturno leva cerca de 29 anos para terminar sua volta ao sol, e sua inclinação de 26,7 graus permite que suas mudanças sazonais sejam determinantes. Ao longo da última década, o programa identificou que o planeta teve variação de cor e profundidade de nuvens de sua atmosfera.
Urano
Em Urano, o telescópio captou seu hemisfério norte, que ficou de frente para o sistema solar interno durante todo o tempo em que o Hubble esteve no espaço. Durante sua órbita lenta ao redor da estrela, que dura 84 anos, a calota polar norte do planeta tem aumentado seu brilho conforme a aproximação do solstício de verão em 2028.
Netuno
No gigante gasoso, o equipamento observou uma tempestade semelhante a uma mancha escura do tamanho do Oceano Atlântico na Terra, em sua atmosfera, em 2018. O Hubble também detectou a migração para o equador dessa primeira tempestade e uma segunda aparição em 2021. O OPAL determinou que as nuvens de Netuno estão ligadas ao ciclo solar de 11 anos, responsável pela presença de luzes do norte em latitudes mais baixas na Terra.