13/11/2025 - 13:19
Uma análise de DNA indicou que o ditador nazista Adolf Hitler (1889-1945) sofria de uma doença genética que provavelmente teria afetado o desenvolvimento de seus órgãos sexuais.
A descoberta foi divulgada em prévias do documentário “O DNA de Hitler: Projeto de um Ditador”, que será exibido no próximo sábado (15) pelo canal britânico “Channel 4”.
Segundo a pesquisa, liderada pela geneticista Turi King, da Universidade de Bath, Hitler possuía a síndrome de Kallmann, uma condição genética que pode impedir a puberdade e comprometer significativamente a função sexual.
Essas evidências reforçam teorias antigas de que o ditador tinha apenas um testículo. Além disso, a análise descartou qualquer ascendência judaica, contrariando rumores que circulam há décadas. O estudo também indicou sinais de possíveis distúrbios mentais.
De acordo com o documentário, a pesquisa foi realizada a partir de uma amostra de tecido manchado de sangue que havia sido retirada de um sofá por um coronel do Exército dos EUA, onde Hitler cometeu suicídio em 30 de abril de 1945, em Berlim, então ocupada pelo Exército Vermelho.
Em maio daquele ano, soldados aliados revistaram o esconderijo do ditador, e um deles levou para casa um pedaço do tecido, que agora foi analisado para sequenciamento do DNA do ditador nazista.
A descoberta da síndrome de Kallmann corroboram registros médicos da prisão de Landsberg, onde Hitler esteve detido em 1923, descobertos por pesquisadores alemães em 2010, que indicam que um médico atestou que o líder nazista tinha criptorquidia direita, ou seja, descida incompleta de um dos testículos.
Segundo especialistas, até 10% das pessoas com síndrome de Kallmann também apresentam micropênis, e os sintomas mais frequentes são níveis baixos ou instáveis de testosterona.
“Se ele tivesse visto seus próprios resultados genéticos, quase certamente teria se condenado às câmaras de gás”, conclui King no documentário.
