Educação e relações étnico-raciais

Contribuir para a implementação da Lei 10.639/2003 (Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação das Relações Étnico-Raciais e para o Ensino de História e Cultura Afro-Brasileira e Africana) por meio da difusão de conhecimento sobre o continente africano, tendo em vista a promoção de políticas de formação de professores e o aprimoramento da formação das crianças e jovens brasileiros, é o principal objetivo do Memorando de Entendimento firmado em 17 de março entre a Unesco e a Universidade Federal de São Carlos (UFSCar). A parceria foi assinada pelo representante da Unesco no Brasil, Vincent Defourny, e pelo reitor da UFSCar, Targino Araújo Filho. O acordo confirma o compromisso com a iniciativa conjunta “História da África na Educação Brasileira” e prevê a implementação das atividades do “Projeto Brasil África: uma História Cruzada”, além da tradução e publicação da edição em português da coleção da Unesco da História Geral da África.

Em seu discurso, Defourny reafirmou o comprometimento da entidade com a implementação da Lei 10.639/2003 e afirmou que os desafios ainda são grandes. “Precisamos continuar identificando oportunidades e criando espaços e instrumentos para ampliar as condições para o efetivo cumprimento da Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB) alterada pela Lei 10.639, e consolidar políticas que reconheçam e valorizem a identidade, a cultura e a história dos negros brasileiros, dos indígenas, assim como de outros povos e grupos étnicos que compõem a sociedade brasileira”, disse Defourny.

Mais informações: edimar.silva@unesco.org.br

Núcleo de Estudos Afro-brasileiros da UFSCar: neab@power.ufscar.br

 

 

 

Reunião das Américas

A Reunião das Américas (JA 10) acontecerá em Foz do Iguaçu, de 8 a 13 de agosto de 2010. O comitê do programa desenvolverá uma agenda científica do evento, que cobrirá tópicos em todas as áreas das ciências geofísicas. O encontro será formado por 25 sessões temáticas. Uma das principais será dedicada a Sistemas de Observação Regional dos Oceanos nas Américas, que já estão em funcionamento na região. Os dados são utilizados diretamente e assimilados por modelos numéricos para reduzir riscos de ameaças associadas a oceanos, incluindo toxinas originárias da água, ondas de tempestades, inundações costeiras, transportes marinhos inseguros e mudanças no ecossistema marinho.

Mais informações: portal do Projeto GOOS (em inglês) http://www.iocgoos.org/content/view/255/48/

 

Infância indígena na América Latina

Sob o tema “Da declaração à ação”, mais de 100 representantes governamentais, organizações indígenas e trabalhistas da América Latina se reuniram no Centro de Formação e Cooperação Espanhola de Cartagena, na Colômbia, entre os dias 8 e 10 de março. O objetivo do encontro foi estabelecer um plano de ações para a proteção efetiva dos direitos de crianças e adolescentes indígenas em situação de trabalho infantil. O evento foi promovido por vários organismos das Nações Unidas, com a participação de delegações de 17 países: Argentina, Belize, Bolívia, Brasil, Chile, Colômbia, El Salvador, Costa Rica, Equador, Guatemala, Honduras, México, Panamá, Paraguai, Peru, Venezuela e Uruguai.

Dados:

• Segundo relatório da OIT e Unicef, na América Latina há 17 milhões de crianças e adolescentes entre 5 e 17 anos que trabalham, e grande parte deles são indígenas.

• Esse fenômeno ocorre mais cedo na zona rural do que na cidade.

• 80% dos meninos e meninas trabalham na informalidade e apenas 10% estão em setores mais organizados.

• O trabalho impede que eles possam ir à escola, o que resulta em baixo rendimento escolar.

• Três em cada quatro crianças que trabalham abandonam os estudos.

Mais informações: www.agenciapandi.org,

 

Aproximação das culturas

O Ano Internacional para a Aproximação das Culturas é comemorado em 2010. A celebração é uma forma de estimular o desenvolvimento de ações para a promoção do conhecimento mútuo sobre a diversidade cultural, étnica, linguística e religiosa em âmbito regional, nacional e internacional, em defesa da paz. “A data foi instituída a fim de dissipar os amálgamas surgidos da ignorância, dos preconceitos e das exclusões, que geram tensões, insegurança, violência e conflitos”, destacou Irina Bokova, diretora-geral da Unesco, em discurso oficial sobre o Ano Internacional. As ações organizadas ao longo deste ano serão embasadas por quatro eixos estratégicos: promoção do conhecimento sobre a diversidade; elaboração de um conjunto de valores comuns; consolidação de uma educação de qualidade e das competências interculturais; e incentivo ao diálogo sobre o desenvolvimento sustentável.

Como parte da programação oficial do Ano Internacional para a Aproximação das Culturas, o Brasil vai sediar o III Fórum Mundial da Aliança de Civilizações, nos dias 28 e 29 de maio, no Rio de Janeiro. O evento, organizado pelo Ministério das Relações Exteriores do Brasil e pelo Secretariado da Aliança de Civilizações da ONU (Unaoc), conta com a parceria da Unesco.