06/06/2019 - 18:43
Dados atualizados da Coalizão Global para Proteger a Educação de Ataques (GCPEA, na sigla em inglês) mostram que 12,7 mil ataques armados à educação foram promovidos no mundo entre 2013 e 2017, atingindo 21 mil estudantes e docentes em 34 países afetados por conflitos. O GCPEA, que tem a Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco) como um de seus membros fundadores, divulgou os números antes do quarto aniversário da Declaração das Escolas Seguras, firmado em maio de 2015. O Brasil endossou o documento no mês passado.
Os dados divulgados revelam que houve cerca de 10 mil ataques contra escolas, incluindo prédios que foram bombardeados, danificados ou usados por forças ou grupos armados. Em nove países, mais de 500 ataques a escolas foram registrados. Instalações de ensino superior estão sob cerco em pelo menos 20 países ao redor do mundo.
A pesquisa também descobriu que, em pelo menos 30 países, as escolas foram usadas para fins militares, como bases, quartéis, paióis de armamento e centros de detenções. Meninas e mulheres estudantes e professoras também foram diretamente alvos em pelo menos 18 países por meio de bombardeios de escolas femininas, sequestros, estupros e assédios.
Até agora, 89 países (quase a metade de todos os estados membros da ONU) endossaram a Declaração de Escolas Seguras e se comprometeram a tomar medidas concretas para acabar com a segmentação de escolas e universidades, estudantes e funcionários. A Unesco tem apelado a todos os países para proteger a educação nos diversos níveis, incluindo o ensino superior, de ataques durante conflitos armados.