20/02/2025 - 11:34
Um estudo conduzido por pesquisadores da Universidade Médica de Ningxia, na China, publicado em dezembro de 2024 na “Science Direct”, apontou que recipientes de plástico podem liberar químicos em alimentos ao serem esquentados. Conforme a pesquisa, as partículas emitidas pelo material potencialmente aumentam o risco do desenvolvimento de doenças cardiovasculares ao serem ingeridas com comida e água.
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A pesquisa da Universidade de Ningxia fez primeiro um levantamento feito com 3.179 idosos chineses que deveriam responder um questionário sobre sua exposição ao plástico e se tinham doenças cardíacas.
Posteriormente, foi feito um experimento com ratos que bebiam água exposta a químicos que saíam de recipientes de plástico. Conforme os pesquisadores, após três meses, os roedores apresentaram flora intestinal alterada, fibras quebradas ou desalinhadas, infiltração de células inflamatórias, inchaço mitocondrial no tecido cardíaco e sangramento entre as células miocárdicas.
Apesar de não ser confirmado que o mesmo efeito ocorreria em seres humanos, o estudo sugere que recipientes de plástico podem ser inadequados para o manuseio de alimentos. As informações são do site “ScienceAlert”.
Durante o período de três meses, 24 ratos ingeriram químicos como BPA, ftalatos e outros plastificantes, que saíam de recipientes plásticos esquentados por água fervente da torneira durante um, cinco e 15 minutos.
O calor faz com que o plástico se quebre facilmente, mas até mesmo água engarrafada mantida em temperatura ambiente pode conter partículas químicas. Colocar recipientes no microondas também tem a possibilidade de emitir microplásticos em alimentos, como já mostraram outros estudos.
Um estudo de março de 2024 divulgou a descoberta de microplásticos se acumulando em coágulos sanguíneos no cérebro, pernas e coração de seres humanos.