09/04/2025 - 10:16
A empresa americana Colossal Biosciences, que afirmou ter “ressuscitado” o lobo-terrível nesta segunda-feira, 7, também pretende “reviver” outras espécies de animais, como o mamute-lanoso, o lobo-da-tasmânia e a ave dodô. As pesquisas da companhia começaram em 2021, com projetos que envolvem análise de DNA, clonagem e edição genética.
A Colossal Biosciences pontuou que para “trazer de volta” o lobo-terrível, foi preciso analisar o DNA de fósseis e modificar genes de lobos-cinzentos, parente vivo mais próximo da espécie extinta, para os filhotes nascerem com as características do animal pré-histórico.
+ Empresa diz ter ‘recriado’ o lobo-terrível, espécie extinta há milhares de anos
+ Empresa que busca ‘reviver’ animais extintos cria camundongos com características de mamutes
No ano passado, o chefe da empresa, Ben Lamm, declarou em uma entrevista à “Sky News” que há 100% de confiança na possibilidade de trazer de volta o lobo-da-tasmânia, o dodô e o mamute-lanoso. A ideia é obter os genes que dão aos animais extintos suas características e replicá-los usando o DNA de um parente que está vivo.
Para “ressuscitar” os mamutes, o projeto espera que os filhotes da espécie extinta sejam gerados em uma fêmea de elefante-asiático, mas o processo pode levar quase dois anos.
Em março de 2024, os pesquisadores da Colossal Biosciences criaram as primeiras células-tronco de elefante que podem ser transformadas em qualquer tecido do corpo dos animais.
“Cada projeto tem seus próprios desafios, no caso do mamute, é em torno da gestação, que dura cerca de 22 meses”, declarou Lamm. A expectativa é que um espécime tenha nascido até 2028.
No caso do dodô, o chefe da Colossal Biosciences explicou que a dificuldade é em cultivar as células germinativas do animal. A ave era endêmica das Ilhas Maurício e foi extinta no século XVII, quando o ser humano chegou ao local.
O lobo-da-tasmânia era o maior marsupial carnívoro dos tempos modernos, o animal vivia na Ilha da Tasmânia, na Austrália, e desapareceu em 1936.
Após os animais serem “revividos”, o projeto espera que possam ser realocados em seus habitats originais. Entretanto, há a possibilidade de os novos espécimes não se adaptarem ou se comportarem com os seus antepassados.
*Com informações da Deutsche Welle