20/03/2018 - 19:23
Em defesa do cerrado
Em 25 de outubro, 23 empresas de atuação global – entre elas Ajinomoto, Carrefour, Colgate-Palmolive, Kellogg, L’Oréal, McDonald’s, Nestlé, Unilever e Walmart – anunciaram apoio ao Manifesto do Cerrado, lançado em setembro por mais de 40 organizações ambientalistas, como Greenpeace e WWF. Em carta conjunta, as empresas declaram que “apoiam os objetivos definidos no Manifesto do Cerrado e comprometem-se a trabalhar com as partes interessadas locais e internacionais para cessar o desmatamento e a perda de vegetação no Cerrado”. Por mais de dez anos, as taxas de desmatamento desse bioma superaram as da Amazônia, tornando o Cerrado um dos ecossistemas mais ameaçados da Terra. Como a principal causa da destruição do bioma é a expansão do agronegócio sobre a vegetação nativa, o compromisso das empresas que compram soja e gado produzidos no Cerrado com o fim do desmatamento é fundamental.
Isopor reaproveitado
A catarinense Santa Luzia, que fabrica produtos voltados para construção civil, arquitetura e decoração, desenvolveu um processo que substitui 98% da madeira usada em sua planta por isopor. A técnica envolve a coleta, a triagem do material, sua compactação em uma máquina especial e o aproveitamento da matéria resultante na fabricação de perfis, molduras, revestimentos de pisos e paredes de alta qualidade. Com ela, a empresa responde por cerca de 10% da destinação correta do isopor brasileiro. O processo estimulou a Santa Luzia a apoiar a inclusão de cooperativas de catadores na coleta seletiva urbana, ajudar a capacitar cooperados para aumentar o setor reciclador nacional e sustentar o aumento das ações de educação ambiental.
Algodão sustentável
Do total de itens comercializados pela multinacional de moda C&A por meio de seus canais de venda, 40% já utilizam algodão mais sustentável. O percentual reforça o compromisso global da empresa de atingir 100% dos produtos preparados com a matéria-prima até 2020. O lançamento mais recente foi o de uma coleção de lingeries e calcinhas produzidas com algodão sustentável. Essas mercadorias podem ser encontradas em todas as unidades da rede no Brasil e na sua loja virtual. Segundo o Relatório sobre as Fibras e Materiais Preferidos do Mercado em 2017 (2017 Preferred Fiber and Materials Market Report, no original em inglês), da Textile Exchange, a C&A foi novamente considerada a maior usuária de algodão orgânico certificado do mundo.
Reciclagem de papel
Com o objetivo de cumprir até 2025 algumas de suas várias metas de sustentabilidade, a Avery Dennison, multinacional fabricante de materiais para rótulos e comunicação visual, fez uma parceria com a paulista Polpel para reciclar os liners (parte que protege o adesivo antes da aplicação do rótulo) utilizados nas embalagens de diversas marcas e produtos do mercado. A tecnologia desenvolvida pela Polpel transforma os liners em uma polpa celulósica usada como matéria-prima para a produção de papel. Com a medida, a Avery Dennison avança na meta de eliminar 70% dos resíduos desse item na cadeia de valor da empresa, ajudando a retirar toneladas de material de aterros sanitários e incineradores.
Progresso pela gastronomia
A multinacional do setor de eletrodomésticos Electrolux lançou o projeto social global “Gastronomia Sustentável”, destinado a estimular comunidades locais a desenvolver habilidades gastronômicas e gerar transformação social ao ajudar os participantes da iniciativa a ingressar no mercado de trabalho. Curitiba é a sede do primeiro piloto da companhia no mundo e desde outubro abriga turmas regulares. Nessa primeira etapa, a Electrolux oferecerá dez semanas de aula (oito semanas de curso prático e duas teóricas) para 20 moradores da região da Cidade Industrial de Curitiba (CIC) selecionados pelos Centros de Referência da Assistência Social da Regional CIC – FAS. O programa, subsidiado pela Food Foundation (instituição global da Electrolux que apoia iniciativas locais voltadas para comida e sustentabilidade), integra o For the Better, um dos compromissos globais da empresa para ajudar a enfrentar os principais desafios mundiais, como fome, desnutrição e desperdício de alimentos.
Eficiência transplantada
Entre 2015 e 2017, a montadora Toyota introduziu seu elogiado sistema de produção em uma atividade bem diferente, o hospitalar, e os resultados dessa iniciativa foram divulgados em novembro, no relatório de sustentabilidade da empresa. Com a implantação do Sistema Toyota de Produção (TPS), o pronto atendimento do Hospital Santa Cruz, de São Paulo, reduziu em 22% o tempo de montagem de kits de remédios dos pacientes. Também houve diminuição no intervalo de espera por atendimento (pelo menos 30 minutos) e no deslocamento médio dos pacientes (80 metros). Além disso, a administração dos remédios passou a ser feita 11 minutos mais cedo por turno.