30/04/2024 - 15:02
Apesar de ambas as substâncias integrarem o grupo dos fitocanabinóides e estarem presentes na cannabis, o CBD (Canabidiol) e o THC (Tetrahidrocanabinol) possuem propriedades diferentes, sendo usados no tratamento de algumas condições como uma alternativa, costumeiramente ao lado de outros métodos convencionais.
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O THC é utilizado para tratar condições como a dor crônica, náuseas e vômitos associados à quimioterapia, perda de apetite e distúrbios de sono. Entretanto, a substância possui propriedades psicoativas que geram alterações de percepção, causando sensações de euforia, relaxamento e aumento da sensibilidade sensorial.
Entre os efeitos colaterais do THC está a vermelhidão nos olhos, boca seca, aumento da frequência cardíaca, coordenação motora prejudicada e, em determinadas pessoas, ansiedade ou paranoia.
Por conta de tais propriedades, a substância é restrita em diversos países.
O CBD é diferente, já que é naturalmente mais acessível e menos regulamentado ao redor do mundo. A substância não é psicoativa e pode até mesmo atenuar alguns dos efeitos do THC.
Além disso, as possíveis consequências do uso de CBD tendem a ser mais brandas e envolvem fadiga, mudança de apetite, e, em algumas pessoas, diarreia. A substância pode ser usada no tratamento de ansiedade, alívio da dor, controle de convulsões em condições como a epilepsia, redução de inflamação e melhoria na qualidade de sono.
Ainda, de acordo com o psiquiatra Hiago Caldata, o CBD pode servir como tratamento para uma série de problemas de natureza mental como o estresse pós-traumático. Também contribui com questões do TEA (Transtorno do Espectro Autista) e Doença de Parkinson.
Entretanto, o especialista recomenda que os pacientes só devem utilizar o CBD sob prescrição médica, com remédios autorizados pela Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) e de marcas “respeitáveis”, e desde que não abandonem as outras formas de tratamento convencionais.