Uma “Superlua Azul sazonal” poderá ser vista nesta segunda-feira, 19, a partir das 15h26 no horário de Brasília. O fenômeno marca uma coincidência entre o período de Lua Cheia e o perigeu, momento de maior aproximação do único satélite natural da Terra com o astro em que vivemos, e, apesar do nome, não ocorrerá alteração na coloração do objeto.

Ao site Planeta, o professor Roberto Dias da Costa, do Departamento de Astronomia da USP (Universidade de São Paulo), explica que “superlua” não é um termo técnico, sendo utilizado apenas pela mídia e não pela ciência. O fenômeno será visível durante toda a noite.

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O evento desta segunda-feira marca um encontro entre o fenômeno da “Superlua” e o da Lua Azul sazonal. O nome se deve ao fato de que, durante uma estação do ano, há três luas cheias, entretanto, neste inverno haverão quatro e, portanto, a terceira ocorrência do satélite natural em sua fase de totalidade recebe tal nomenclatura, de acordo com a Nasa, agência espacial americana.

O nome se confunde com a outra forma em que o termo Lua Azul é utilizado. Segundo Roberto Dias da Costa, o outro termo foi cunhado pela imprensa americana no início do século XX e se refere à segunda lua cheia dentro de um mesmo mês. “Como o ciclo das fases dura cerca de 29 dias, caso ocorra uma bem no começo do mês, é possível que haja uma segunda”, pontua.

A “Superlua”, conforme o especialista, acontece pelo fato de a órbita do satélite com a Terra não ser um círculo perfeito. “Às vezes a lua está um pouco mais perto e outras mais longe ao longo de sua órbita de 27,3 dias”, comenta o professor da USP.