As cócegas são divididas em duas formas, a knismesis, quando um inseto anda sobre sua pele ou alguém te encosta uma pena, e a gargalesis, a maneira que te faz rir, se mexer e se contorcer. Especialistas sugerem que tal sensação é um jeito dos sistemas sensoriais serem treinados em bebês e crianças ou de formar laços entre pessoas.

De acordo com Alicia Walf, neurocientista do Instituto Politécnico Rensselaer, nos EUA, bebês e crianças são mais suscetíveis a cócegas do que adultos, o que pode demonstrar uma forma de treinar o sistema nervoso a entender quais sensações são seguras ou não. As informações são da “Discover Magazine”.

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A explicação da neurocientista sugere o motivo pelo qual as costelas são um dos pontos em que a gargalesis é mais intensa em um ser humano, já que é o local onde a maioria dos órgãos estão. Ainda, as cócegas podem representar uma maneira de explorar a intimidade entre as pessoas, mostrando os limites das interações.

O psicólogo Robert Provine, que estuda a risada, acredita que a gargalhada ocasionada pelas cócegas sugere uma forma de comunicação entre adultos e bebês e as gargalesis podem auxiliar o recém-nascido a se distinguir da mãe ou de outras pessoas.

Além disso, a maioria das pessoas não conseguem fazer cócegas em si mesmas, em partes pelo fato de a gargalesis ser uma consequência da surpresa e, ainda, porque o corpo envia um sinal ao cérebro quando recebe cócegas, mas ele também é capaz de silenciar partes das sensações quando sabe que ele mesmo é o causador delas.