11/01/2021 - 8:36
Capturada com o instrumento Muse (Multi Unit Spectroscopic Explorer) montado no Very Large Telescope (VLT) do Observatório Europeu do Sul (ESO), a imagem acima, da distante galáxia espiral NGC 1097, mostra um exemplo típico de um anel nuclear de formação explosiva de estrelas.
Localizado a 45 milhões de anos-luz de distância da Terra, na constelação da Fornalha, esse anel se encontra no centro da galáxia. Ele tem “apenas” 5 mil anos-luz de tamanho. Isso o torna minúsculo quando comparado com o tamanho total da galáxia hospedeira. A NGC 1097 se estende ao longo de dezenas de milhares de anos-luz além do seu centro.
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As tiras mais escuras vistas na imagem mostram poeira, gás e restos da galáxia (ou possivelmente de uma galáxia satélite), que estão sendo canalizados para o buraco negro situado no seu centro. Esse processo aquece a matéria circundante, formando um disco de acreção em torno do buraco negro e levando à ejeção de enormes quantidades de energia para o meio circundante.
Consequentemente, a poeira próxima se aquece e a formação estelar acelera na região em torno do buraco negro supermassivo. O processo dá origem ao anel nuclear de formação estelar explosiva que vemos em tons de rosa e violeta na imagem.
O instrumento Muse está montado no Yepun, um dos quatro telescópios de 8,2 metros que compõem o VLT, instalado no Observatório Paranal do ESO. Seu design único permite aos astrônomos mapear mecanismos complexos no seio de muitas galáxias e analisar a formação de estrelas e aglomerados estelares.