14/07/2016 - 16:47
O maior evento esportivo do mundo também iniciou seus passos relegando as mulheres a segundo plano. O criador dos Jogos Olímpicos modernos, Pierre de Coubertin, era reticente quanto à presença feminina nas competições, que só seria autorizada a partir da segunda edição, em Paris, em 1900. Foi uma presença discreta, sem dúvida: o total de 997 atletas incluiu somente 22 mulheres, que disputaram cinco esportes – iatismo, tênis, críquete, hipismo e golfe. E apenas o golfe e o tênis tiveram torneios específicos para as mulheres; nos demais esportes, elas competiram também com os homens.
Felizmente, a visão sobre a presença feminina nas Olimpíadas foi mudando e, com isso, o número de mulheres nas disputas passou a aumentar de forma constante. Em Tóquio, em 1964, elas eram ainda cerca de 13% dos competidores; em Los Angeles, em 1984, o índice havia subido para 23%; e na última edição, em Londres, quatro anos atrás, elas já representavam mais de 44% do total de esportistas inscritos.
Nos últimos 20 anos, o Comitê Olímpico Internacional tem agido decisivamente para equilibrar mais a participação dos sexos masculino e feminino nos Jogos, em parceria com as federações internacionais dos esportes e os comitês organizadores das edições. Desde 1991, todo novo esporte que se candidata a ser disputado na Olimpíada deve incluir eventos para mulheres. Isso facilitou o caminho para que, em 2012, todos os esportes presentes tivessem torneios específicos para suas praticantes.