O maior peixe-leão do mundo foi encontrado em 27 de fevereiro no arquipélago de Fernando de Noronha (PE) por mergulhadores da Sea Paradise, uma empresa parceira do ICMBio (Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade). O animal capturado possui 49 centímetros e pertence a uma espécie “invasora” que ameaça o equilíbrio dos ecossistemas do litoral brasileiro.

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De acordo com a Sea Paradise, o peixe-leão não tem predadores no Oceano Atlântico e a captura de membros da espécie é importante para a preservação dos ecossistemas marinhos.

Segundo o ICMBio, o peixe-leão foi encontrado no Brasil pela primeira vez em 2014 e registrado em Fernando de Noronha seis anos depois. Os recordistas anteriores de maior tamanho foram encontrados na Venezuela, com 45,7 centímetros, e nos EUA, com 47,4 centímetros.

O instituto apontou que além do maior peixe-leão já registrado, outros 61 espécimes foram capturados durante uma operação de mergulho no domingo, 9. Desde o início do manejo dos animais, foram removidos 1,2 mil exemplares da região de Fernando de Noronha.

Peixe-leão é um nome que abrange 12 espécies dos Oceanos Índico e Pacífico. Os indivíduos encontrados nas Américas são de duas espécies: a maioria de Pterois volitans, e alguns casos de Pterois miles.

Acredita-se que a invasão que ocorreu nos EUA e Caribe foi iniciada após o rompimento de uma loja de aquários na passagem do Furacão Andrews, na Flórida.

Onde chegam se tornam facilmente uma praga porque não são reconhecidos como presas pelos peixes que poderiam se alimentar deles e ficam livres para comerem seus “pratos” preferidos, caranguejos, lagostas e outros peixes pequenos, que não os entendem como predadores.

Conforme o ICMBio, a espécie é capaz de comer 20 peixes em 30 minutos, além de ter uma alta taxa reprodutiva, podendo liberar até 30 mil ovos de apenas uma vez.

Se por um lado atraem por sua beleza, os peixes-leão representam muito perigo para as pessoas. Seus 18 espinhos localizados na região dorsal estão carregados de um veneno capaz de causar dores, náuseas e até convulsões em seres humanos.