Esperava-se que a COP22 – a conferência do clima realizada em novembro em Marrakech (Marrocos), com representantes de cerca de 200 países – seria a “COP da Ação”, na qual se trabalharia para pôr em prática o Acordo de Paris, assinado em 2015. Mas não houve muito consenso para isso. No fim, conseguiram-se 35 decisões, que fixam um plano rumo à implementação do texto. Segundo ele, o trabalho preparatório deverá ser concluído em 2018. Entre os principais marcos do evento está o lançamento dos primeiros compromissos de longo prazo para reduzir as emissões de gases-estufa afinados com o Acordo de Paris: EUA e Canadá (queda de 80% em 2050 ante o nível de 2005), México (diminuição de 50% em 2050 ante 2000) e Alemanha (neutralidade de emissões em 2050). Cerca de 200 multinacionais anunciaram planos de corte de emissões, e entidades como o Banco Mundial prometeram dar ajuda financeira para ações de combate à mudança climática. Mas o principal personagem do evento não estava representado lá: o presidente eleito dos EUA, Donald Trump, um negacionista do aquecimento global que poderá avanços obtidos até agora.