03/12/2021 - 15:54
Os apelos para o monitoramento e a regulamentação do lixo espacial aumentam desde que a Rússia realizou um teste de míssil antissatélite no mês passado. O teste criou um campo de detritos em órbita, que autoridades dos EUA disseram poder representar um risco às atividades espaciais durante anos.
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Dmitry Rogozin, o chefe da agência espacial russa Roscosmos, afirmou que a ISS foi obrigada a manobrar por causa do lixo espacial de um veículo de lançamento norte-americano, colocado em órbita em 1994.
Espaço como ferro-velho
A Roscosmos disse que, durante a manobra não programada, realizada pelo controle da missão, a órbita da estação baixou 310 metros durante quase três minutos para evitar o contato.
Rogozin acrescentou que a manobra não afetará o lançamento planejado do foguete Soyuz MS-20, do cosmódromo de Baikonur, no Cazaquistão, no dia 8 de dezembro, e seu acoplamento na ISS.
Os detritos espaciais consistem em veículos de lançamento descartados ou partes de uma espaçonave, que flutuam pelo espaço e podem colidir com satélites ou a ISS.
Em artigo publicado ontem no Financial Times, Anders Fogh Rasmussen, ex-secretário-geral da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan), afirmou que a destruição russa do satélite no mês passado criou o risco de transformar o espaço em um ferro-velho.