Hoje, 15 de março, centenas de milhares de adolescentes e jovens de todo o mundo não foram e não irão às aulas em defesa de seu próprio futuro. Eles exigem que os líderes de governos e de corporações tomem medidas drásticas e imprescindíveis para conter o aquecimento global. No mundo, elas acontecerão em quase 1.659 cidades e municípios em 105 países. No Brasil, acontecem manifestações em cidades como Belo Horizonte, Brasília, Florianópolis, Goiânia, Juazeiro do Norte, Mogi das Cruzes, Peruíbe, Recife, Rio de Janeiro, Santa Maria, Santos, Socorro e São Paulo.

Mapa mostra os pontos onde os estudantes farão greve no mundo todo pela inação contra as mudanças climáticas.

O movimento foi iniciado pela adolescente sueca Greta Thunberg, em agosto do ano passado (início do ano letivo no seu país), quando se recusava a assistir às aulas nas sextas-feiras, desafiando as leis locais que exigem que as crianças estejam na escola. Depois levou seu protesto para a porta do Parlamento na época das eleições, pedindo a atenção dos políticos do seu país ao meio ambiente. Seu movimento individual foi ganhando força, se espalhou pela Europa, depois pelos EUA e pelo mundo afora.

Ainda no ano passado, a sueca foi uma das oradoras na Conferência do Clima de Katowice e resumiu sua meta assim: “Nós não viemos aqui para implorar aos líderes mundiais que prestem atenção. Vocês nos ignoraram no passado e irão nos ignorar novamente. As desculpas se esgotaram e o tempo está se esgotando. Viemos aqui para avisá-los de que a mudança está vindo, quer gostem ou não”.

Esta semana Greta, agora com 16 anos, foi indicada ao Prêmio Nobel da Paz por três deputados noruegueses sob o argumento de que “se não fizermos nada para deter a mudança climática, ela será a causa de guerras, conflitos e refugiados”.

Para conhecer mais sobre o movimento, acesse a ONG criada “Sextas pelo futuro” (em tradução livre para o português): https://www.fridaysforfuture.org/